A representação da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) e a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no último dia 13/03/2007, combatendo a inconstitucional alteração no Regimento Interno do Tribunal de Justiça (Artigo 156, §1º, final), promovida pela Resolução nº 02/07-TJMA, de 31/01/2007, foram um duro golpe nos renitentes arautos do nepotismo. O assunto tem regado boas conversas, mas tios e sobrinhos ainda não se conformaram. Afinal, como deixar que os cobiçados cargos na Ilha sejam preenchidos por simples mortais, quando sangue e interesses não foram saciados?
No Ministério Público, a 2ª Promotoria de Paço do Lumiar e a de Raposa ainda não foram criadas (além da 2ª de João Lisboa), não obstante a instalação das respectivas Varas tenha sido anunciada há tempo. Persiste o temor de sempre: discretas manobras, esticando um prazo aqui, um pedido de vista ali, um adiamento acolá, até que, salvando as aparências, pareça bem natural assomar o nepote.
A mundícia administrativa no Ministério Público e na Magistratura deve ser construída com firmeza, para que no futuro não se diga que o nepotismo era alimentado pela omissão de alguns ou pelo medo de outros.
Um comentário:
Caro Juarez, em tão pouco tempo este espaço já vem prestando um serviço importante a todos os integrantes das carreiras jurídicas no Maranhão, sobretudo a do MP e a da Magistratura. São informações breves, todavia, precisas e dotadas de credibilidade, além de conterem uma finíssima e necessária camada de sarcasmo, como contraponto indispensável às explícitas manifestações de mordazes traquinices que vêm de lá. Já estou esperando a próxima. Um abraço.Delvan Tavares
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