sexta-feira, 7 de setembro de 2007

E la nave va


Às vezes é assim. A mais desejada é a que mais sofre com o desprezo. Ser abandonada com tantos atributos de sedução, não tem mastercard que pague. Veja-se o caso de Itapecuru-mirim. A comarca de terceira entrância mais próxima da Ilha. A 115 km de São Luís. Uma hora de viagem. Muito cobiçada. Porém, sem nenhum promotor fixo. Por mais que se esforce, o colega “respondendo” não tem como suprir a demanda com a eficiência que a população tem direito; e agüenta calada. Reclamar ao bispo?

A “culpa” não pode ser atribuída aos promotores. Estão afastados com autorização e desenvolvem atividades relevantes. Antônio Augusto Nepomuceno Lopes, na Assessoria Especial; Karla Adriana Holanda Farias Vieira, no Doutorado; Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues [permutou dia 03/09], no Gecoc.

Mas, como fica o povo que paga a conta? Desrespeitado em seu direito de ter a efetiva e contínua prestação dos serviços do Ministério Público, como exercer seu "jus esperniandi" contra o próprio fiscal desse direito?

Não é de hoje que situação incômoda como essa precisa de solução. Ou não? Parte do problema foi discutida em “lençol curto”. O Seminário “Pensando o MP” não pensou. “E la nave va”.
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