sábado, 15 de setembro de 2007

Lobos, peles e liberdade

[ Lobordeiro? ]

Quinze dias. A eleição do Conselho Superior chega. Telefonemas zumbem aos ouvidos. Sorrisos amarelos e declarações insossas de boa vontade. Alguns lobos dando um trato na pele de cordeiro.

Urge participar ativamente dessas eleições, na mira de uma renovação total. Só se pode confiar na reflexão madura dos colegas. Bem diferentes daquele eleitor dos rincões, que vota intimidado pelo medo; para retribuir vantagem dada ou prometida; para agradar Caio ou Tício; ou em candidato qualquer, simplesmente para se ver livre do encargo, “porque não me meto em política”. Mais que independência funcional, aqui, vale o exercício ímpar e autêntico da liberdade.

O compromisso é com a Instituição. A atuação do Conselho tem privilegiado

  • o grupismo,
  • o familiarismo,
  • o fisiologismo,
  • o conchavo,
  • a negligência à fundamentação,
  • em profundo desprezo à isonomia.

Quem não detém informações converse com os que acompanham os passos do Conselho. Confira os dados. Examine atas e decisões. Confronte. Não valorize a omissão. O voto é secreto e silencioso. Não interessa vitória sobre pessoas, mas sobre práticas más. Há outro Ministério Público a construir: sem lobos, sem peles, com liberdade. Felizmente, com sua atitude, com seu voto!
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