segunda-feira, 14 de abril de 2008

"Na nossa casa"

Biombo 3 folhas 0,50x1,60 - Mogno Castanho.


Dr. Francisco é quem deve dar respostas.


Antes e depois do debate, de 05/04, entre os pré-candidatos a Procurador-Geral de Justiça, alguns colegas questionaram por que não era (não foi) no auditório da Procuradoria. “Na nossa casa”, diziam.


Claro que foi solicitado. Num requerimento assinado por 30 promotores, entregue no gabinete do PGJ, em 17/03. Depois, alguns colegas estiveram pessoalmente com Dr. Francisco e, ainda, o contactaram em mais meia dúzia de telefonemas. Em vão. Não cedeu o auditório para 31/03 (segunda), nem para 05/04 (sábado).


Claro que ele foi convidado. Insistentemente. Também não adiantou.


Tentamos o auditório do prédio das promotorias da capital, porém, a colega diretora não o recomendou por questões de segurança. Com razão. Se desabasse, poderia por fim a candidatos e eleitores.


Obtivemos abrigo na OAB. Excelente acolhida. Graças aos cinco candidatos que compareceram, ao bom número de colegas e de servidores, deu tudo certo, em favor de um processo eleitoral mais aberto, dinâmico, participativo. Não foi “na nossa casa” porque fecharam a porta.


Há desculpas? Com certeza deve haver uma ou umas, sem muita homenagem ao bom-senso.


3 comentários:

- disse...

Johelton Gomes - analista ministerial (São Luís):

Os dois sapos

Dois sapos viviam na mesma lagoa. Quando ela secou com o calor do verão, eles saíram em busca de outro lar. No caminho, passaram por um poço profundo e cheio de água. Ao vê-lo, um dos sapos disse para o outro: "Vamos descer e fazer a nossa casa neste poço, ele nos dará abrigo e alimento."

O outro, mais prudente, respondeu: "Mas, e se faltar água, como sairemos de um lugar tão fundo?" Não faça nada sem pensar nas conseqüências.

FÁBULAS DE ESOPO, século 6 a.C

Teomario Serejo Silva disse...

Trabalhando para que o encontro entre candidatos ou pré-candidatos , eleitores e/ou interessados se tornasse uma realidade, fiz vários contatos com o Dr, Francisco Barros, Procurador-Geral de Justiça, solicitanto e argumentando para que fosse cedido o auditório da PGJ, infelizmente não houve a liberação sob as justificativas de que no dia 31/03já havia um compromisso para o local( não sei se ocorreu) e de que não poderia ser concedido para que o debate ocorresse no dia 05/04, porque o Colégio de Procuradores ainda não havia deliberado, aprovado o regramento pertinente ao processo eleitoral para o cargo de PGJ.
Eis a razão porque o debate não correu em "nossa casa".
Acredito que estamos em processo de amadurecimento e que episódios como esse deixarão de acontecer. Creio até que se pudéssemos voltar atrás os fatos seriam diferentes.

sandro bíscaro disse...

Realmente merecemos uma resposta, não do pré-candidato, mas do nosso Procurador-Geral, eis que o requerimento foi a ele dirigido, na condição de PGJ, friso.

Como candidato, justificando sua ausência ao debate, Dr. Francisco afirmou, em sua carta de propostas, o seguinte:
"Aguardo o momento de debate, regularmente promovido por nossa associação de classe, para aprofundar aquelas idéias com os demais candidatos registrados e reconhecidos pela Comissão Eleitoral indicada pelo Egrégio Colégio de Procuradores, ..."

O candidato, parece-me, teve o evento como apócrifo, ao afirmar que participará de debate “regularmente promovido...” e com “candidatos registrados e reconhecidos pela Comissão Eleitoral...”.

Os demais candidatos pensaram diferente.

O debate, com suas regras e isenção, ocorreu e foi um sucesso. Tanto que o próximo será conduzido pelo mesmo mediador: o jornalista Roberto Fernandes. Quem perdeu o primeiro, com certeza não perderá o próximo. A platéia estará lotada, pois idéia foi aprovada e já se incorporou ao processo eleitoral, quiçá até de outros cargos.

A justificativa da ausência, todavia, parece-me frágil, porquanto debates estão atrelados apenas às regras aceitas pelos seus participantes; mais nenhuma outra, muito menos as citadas pelo candidato – promoção pela entidade de classe e candidatos registrados. Essa avaliação, entretanto, cabe a cada eleitor, quando da escolha de seu candidato.

O problema pode surgir, porém, se o PGJ, ao ter negado o espaço para o debate, houver decidido como, e sob o mesmo argumento, do candidato. É que este não está sujeito a princípios de ordem pública, especialmente o da impessoalidade.

É como óleo e água: se juntam, mas não se misturam.
Vamos aguardar.

E.T. – algum candidato já se manifestou sobre a agenda positiva?