No turvo, ontem à noite, na silenciada Mirador. A vela encimava o castiçal improvisado, e a chama se levantava esguia sem o hálito do vento. O pavio, enraizado na parafina aquecida, brilhava azulado na base e incandescia o resto, como mãos postas em prece. Nessa era ciberespacial, revoltamos aos primórdios. Há quem saiba quando a irmã desta que brilha sobre a mesa começou a vencer os escuros para a humanidade. Talvez volte ao domínio, quando tudo apagar. Quem nos velará?
3 comentários:
Conheci muitas - das inúmeras - qualidades do Juarez Medeiros; dentre estas, a de escrever muuuuito bem. Mas em "VELAS" entendi como uma expressão romântica e serena de sua angústia por ter ficado no escuro 24 horas no Mirador.
Abraços, Juju.
Amado pai, admiravel mundo velho... quem sabe um dia são delas, velas, que precisaremos para continuar a admirar o veloz mundo novo. Beijão do filho.
Escrevem bem ambos. Pai e filho.
Leveza, sensibilidade e serenidade... é o que vocês passam com suas palavras.
Parabéns aos dois.
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