Torradas à parte, votos eram o motivo do chá. O compadre arquitetara o ágape em que fluiria o acerto ao estilo é dando que se recebe. Nem de longe rondou a auréola dos comensais macular sua afetada dignidade com a pecha de troca de votos, aquele câncer que corrói o espírito do populacho, com dinheiro e suas infinitas crias. Noutro nível, permuta, promoção e assessoria em troca de votos, ao contrário, são entendimentos sobre conjugação de esforços em busca do equilíbrio de interesses legítimos entre eleitor e candidato, com a finalidade de ultrapassar com astúcia e ousadia o esforço de adversários que têm menos a ofertar. Um casal de votos compensa mais que um solteiro. Dito e feito. Escoado o pleito, falta quitar apenas a promoção.
3 comentários:
Caro Juarez,
Todos sabemos os nomes e sobrenomes dos comensais, inclusive do casal anfitrião, justamente porque quem compra faz questão de informar por quanto comprou o prometido par de votos. Aliás, não há pressa na promoção, pois a Capital já é uma realidade. Dane-se a Comarca e a imagem do MP!
O fato é que não temos qualquer moral para julgar os miseráveis cujos votos são tocados por dentadura, óculos, japonesa etc.
Pergunto-me: até quando as eleições ministeriais serão marcadas pelo escambo imoral?
Os atores dessa peça deveriam ser execrados, colocados de escanteio por quem abomina a conduta, ao invés de novamente procurados e votados no próximo pleito.
Sinto asco de todos os envolvidos!
O lado positivo é que aparentemente o muro está ficando mais baixo.
Um abraço,
Samaroni Maia
Já que todo mundo sabe os nomes e já que os membros "do bem" sentem-se tão ofendidos com tais condutas espúrias, porque não denunciam ao CNMP? Parece-me que existem muitos prevaricadores no Ministério Público do Maranhão, em razão do "rabo preso".
Será que o CNMP faria alguma coisa? Tenho minhas dúvidas...
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