segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Diante do cadáver

O Espeto de Pau* continua ao léu. Esquelético e sombrio como um pesadelo. Oco de respostas. Anêmico de responsabilidades. Reclama uma eutanásica implosão, em vez da lenta morte do ruir cotidiano.

Para vê-lo nessa ingloriosa decrepitude, receberá a visita do conselheiro Bruno Dantas, do CNMP, em 28 de fevereiro próximo. Por certo, não seria má ideia apresentar o conselheiro ao construtor.

Ele virá porque, em 21/10/2009, os colegas Abel José Rodrigues Neto, Danilo José de Castro Ferreira, Gladston Fernandes de Araújo e Haroldo Paiva de Brito, promotores de justiça da Capital, representaram ao Conselho Nacional, para reclamar de inércia da Procuradoria-Geral de Justiça na apuração de denúncias de irregularidades relativas à reforma do prédio. Agora, dentro desse processo (001142/2009-31), a Procuradora-Geral Fátima Travassos solicitou tal diligência.

E como não trará poderes mágicos, esperamos que aceite se contaminar pelo estarrecimento do homem comum e, em algum momento, deixe escapar num muxoxo: “como é possível!”

Depois, será aguardar que o calendário brasiliense diga, diante do cadáver do Espeto, se há crime e se há culpados.

*(Espeto de Pau, para os que não sabem é o nome do prédio das promotorias de justiça de São Luís.)

Um comentário:

Próximo Silva disse...

Tenho uma sujestao pro espeto de pau . Que tal fosse feito de lá um mausoléu pra servir de descanso eterno pros procuradores de justiça? Podia comecar enterrando o que assinou o contrato da famigerada obra.