quinta-feira, 7 de julho de 2011

Passa

Acabo de realizar, nos dias 27 e 28 de junho de 2011, a sétima edição do ENAP. Trata-se de um fórum de discussões dos promotores de justiça de todo o Brasil, que trabalham na defesa da ordem tributária. A cada ano nos reunimos num Estado, por dois dias, durante os quais discutimos os problemas comuns às diversas regiões do País, trocamos experiências, alinhamos nossa atuação. São sete encontros, ao longo dos últimos dez anos. Deveríamos ter realizado o décimo ENAP, mas três deixaram de acontecer porque os colegas responsáveis pela organização dos eventos “perderam”, na última hora, o apoio dos respectivos Procuradores-gerais.

Para realizar o ENAP em São Luís tive o apoio irrestrito da Secretaria de Fazenda do Estado, de nossa associação – AMPEM, e do meu colega de trabalho, José Augusto Cutrim. A Procuradoria Geral de Justiça cedeu o cerimonial, uma van (dirigida pelo excelente Moisés) e a arte dos cartazes. Nada mais. Sequer mandou filmar o evento, para o acervo da instituição. O colega Marco Aurélio, da Secretaria de Assuntos Institucionais, representou a Procuradora-geral, que não pôde comparecer, mesmo estando em São Luís durante os dois dias. Uma pena, pois o trabalho que realizamos na defesa da ordem tributária do Maranhão tem contribuído de forma decisiva para a confortável situação financeira vivida hoje pelo Ministério Público.

No entanto, a indiferença da Senhora Procuradora-geral para com o evento foi nada, comparado com o que se viu na página eletrônica do MP: duas notícias sobre o ENAP, uma no dia 27 e outra no dia 28, com destaque para a Procuradoria Geral de Justiça como realizadora do evento e sem qualquer menção a este que vos escreve. Escritas como foram, tais matérias constituem verdadeiro estelionato jornalístico.

Mas não há de ser nada, pois - como se sabe - nessa vida “tudo passa, tudo passará” (oh, incomparável voz do nosso Nelson Ned!) e, ainda que tarde, “o estandarte do sanatório geral vai passar”, como nos garante o velho Chico Buarque.

Com um abraço fraterno.
José Osmar Alves
Promotor de Justiça de Defesa da Ordem Tributária
Coordenador e realizador do VII ENAP

Um comentário:

Haroldo Paiva de Brito disse...


Juarez, boa tarde!

A respeito da última postagem realizada pelo meu querido amigo e colega JOSÉ OSMAR, vale dizer que o ovo da serpente não foi chocado agora, mas, sim, há muito, muito tempo.

Certa vez, quando, juntamente com a Doutora MÁRCIA MAIA, respondia pela Promotoria da Infância e Juventude na esfera infracional, houve uma feroz rebelião promovida pelos meninos ali internados. Naquela oportunidade, fui obrigado a trocar de lugar com uma das reféns que ali se encontrava, eis que estava grávida e o então lider do levante, exigia que a troca fosse feita comigo. Fiquei mais de seis horas com os meninos e demais reféns.

Até hoje, nenhuma, nenhuma mesmo, linha foi escrita pela assessoria de imprensa da Procuradoria para, sequer, comentar o fato, não a situação do HAROLDO, Promotor, ter trocado de lugar com uma refém, mas, sim, que um membro da instituição que tanto amo e respeito, ter se disposto a tal perigosa empreitada.

A administração atual, para mim, é um total desastre, por razões que não vem ao caso. Acredito que, na qualidade de Promotor de Justiça, eleitor e cidadão, posso avaliar qualquer administração pública; mas, precisamos entender que o caos, não se iniciou agora. A destruição da imagem do Ministério Público vem de longe, muito longe.

Um abraço fraterno!