segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Nossos


O eleitor gostaria de votar em ambos os candidatos, mas estes não aceitam; aliás, regra. O eleitor gostaria de apertar as mãos e dizer bom dia a ambos os candidatos, ao mesmo tempo. Não por amores; medo, mesmo, pois não sabe quem assumirá o poder, e para evitar olhares oblíquos e almas maledicentes. Já lhe rezaram as vantagens de não mostrar cara de liberdade: famiglia protege. Pior são os cupinchas, inventando toda sorte de histórias verdadeiras. Vivem disso. Não importa quem seja e quais propósitos tenha, se não é dos nossos, não presta. 

2 comentários:

Samaroni de Sousa Maia disse...

Caro Juarez,

Parabéns pela observação. Lamentavelmente, sua constatação é perfeita.

Estamos divididos entre os nossos e os outros; os bons e os maus; os que merecem os favores...

É chato esse negócio de saudosismo, mas é inegável que, apesar de não vivermos em um mundo perfeito (muito pelo contrário, havia arbitrariedades aos montes!), quando entrei no MP todos falavam com todos, sentavam-se ao lado na mesma mesa, independente de opiniões politico/institucionais e de serem favorecidos ou perseguidos.

Inocência? Prefiro-a ao amadurecimento dos rancores atuais, semeados por pessoas interessadas nessa divisão!

É triste constatar que no MP maranhense há currais. Tenho orgulho de dizer que não sou gado de ninguém! Voto em que eu entender que é o melhor do meu ponto de vista, independente do grupo a que pertença. Se o preterido tiver maturidade e quiser continuar falando comigo, ótimo.

Eu não deixarei de falar com qualquer membro da Instituição somente porque essa pessoa não mereceu meu voto.

Jamais fui situação, embora tenha votado em eleitos. Meu maior orgulho é não depender de favores da Administração Superior ou da AMPEM. Deve ser triste submeter-se a humilhações em troca de favores ou de cargos.

Espero que superemos esse estágio, que as feridas sarem e possamos viver, não como família, mas como membros civilizados de uma instituição do tamanho do MP.

Um abraço e feliz natal a todos!

Anônimo disse...

Ei, Juarez,

Em relação as eleições do MP (qualquer uma delas) posso lhe dizer que "o medo" não é o que me move - e acho que a vc também não - a conversar com qualquer que seja o condidato(a). Ainda que não seja "o amor", converso com qualquer um dos candidatos (aperto as mãos, dou bom dia etc.) por respeito, educação, para saber as pretensões e opiniões, e por sermos todos membros do MP, com opiniões nem sempre concordantes, mas que objetivam sempre o melhor para a instituição. Somos todos colegas. Não preciso "vestir a camisa" de qualquer candidato para ter minha opinião sobre o que EU acho melhor para a instituição. Falo com todos, independente da "camisa" que vistam. Vou lá e voto. Não preciso alardear meu voto. Não preciso comemorar a eleição daqueles em que votei. Muito menos tripudiar sobre aqueles que não conseguiram ganhar. Só desejo que os eleitos, tenham ou não sido votados por mim, façam um bom trabalho. Torço pelo bem do MP e não por "grupinhos" no MP (o texto do Reinaldo Jr. é perfeito). Prezo pela minha independência. Se o "medo" move alguns, é uma pena que sejam Promotores de Justiça.

Sandro Lobato