Ela rabiscou, entre aqui e Lisboa, o que converto em homenagem às mulheres do tempo de minha vida:
"Escrevo, porque mais sabido que eu é o tempo.
Traz mais, menos ou mais e menos, na saia rodada da vida.
A vida é do mundo, não minha.
Espero, porque mais sabido que eu é o tempo.
Sou a minha casa e dentro de mim estou só, da condição de quem vive.
Estar só é também estar com o outro, na solidão do coração de cada homem.
Reflito, porque mais sabido que eu é o tempo. Então vivo.
Vivo para ser com vocês a qualquer tempo,
porque mais sabido que o tempo sou eu."
(Flávia G. Medeiros)
(Flávia G. Medeiros)
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