Sem amuo,
Mazzilli anotou a pouca gente que o ouvia. O Procurador urdiu a
melhor desculpa para explicar o auditório vazio. Repetiu-a quando
veio Afrânio Jardim e suas tatuagens. Ainda com o libelo de Dialuas
Ribeiro e a aula de Roberto Decomain. Depois de tantos,
diagnosticou-se o paradigma dos gatos pingados. Sobre o fenômeno, há
registros desde a grande dinastia Ming. A sistematização sobreveio
após as pesquisas na Universidade de Leipzig. Em terras nuaruaques,
Dona Leó sempre admoestava os filhos parafraseando Lucas 7:32: uns
choram porque apanham; outros, porque não lhes dão (dar, bater,
v. g. dar uma surra). A ingovernável nau dos insatisfeitos: reclamam
quando falta, não aproveitam quando têm. Por isso, se não há
debate, curso, planejamento, seminário, oficina, reclamam; se ocorre, ignoram. Disso decorre a importância
científica dos gatos pingados: a sobrevivência de qualquer
instituição. Se não existissem...
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