São Luís
está uma secura. Sol, vento, calor, poeira, fumaça. “Inverno”
atrasado. Não cai gota do céu. Para os que amam chuvas, desalento.
Há nuvens densas próximas ao Largo do Diamante, onde um turbilhão
de remoções e promoções contamina os ânimos ministeriais. A
vexata quaestio esbarra nos punhos do verbo merecer. Em sua
conjugação. Ou melhor, em quem os agita. "Ele merece. Tu não
mereces". Simples, assim. Vão-se os tempos, e o insosso ramerrão da
necessidade de fixar critérios para aferir as cuias dos obreiros
torna a polir discursos. Sem eles, alguns cultuam a republicaníssima
romaria de gabinetes; outros, o cangurismo, o queridismo, o
protecionismo, o revanchismo. Uma aridez. Falta água para que a
terra vingue em fruto.
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