A bola
não selara compromisso com a vitória nossa; ao contrário. Também
não pretendera nos humilhar com a tristeza. Aboletada na marca do
pênalti, resolvera fazer um par de dança com nosso exímio batedor,
enfeitiçando-o com uma lambada. Um passo à frente, outro de lado,
um mais pra lá outro pra cá, um faz que vai e não vai, e a mira,
incontáveis vezes certeira, desviada para chegar dócil às mãos do
goleiro. Bocas de oh!, mãos sobre o rosto, latejando sob um forte
sol de Minas. Saliente, ela preferira favorecer o placar aos gaúchos,
mas nos deixara a alegria e o riso de sermos sempre garotos
encantados por uma bola de futebol, por aquele dia e por tantos
quantos aquela dança vier fazer festa em nossas lembranças.
(BH, 14/11/11. No jogo:
RS 0 x 0 MA. Nos pênaltis: 2 x 1)
2 comentários:
Com esse texto poético, até uma derrota fica bonita.
Parabéns. Força e Paz sempre.
Juarez,
Melhor só se sua descrição fosse acompanhada de um vídeo com a demonstração do pênalti feita por Moisés.
Na verdade, aproveito para esternar meu contentamento de haver participado com os colegas do evento. Diante de tantos problemas internos essa foi uma oportunidade para descontrairmos.
Espero que a tribo aumente em 2012.
Um grande abraço.
Samaroni de Sousa Maia
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