Apesar dos nossos reclames, só os sete Conselheiros escolherão os seis nomes. Parece mais conspiração.
O candidato tem que demonstrar algum saber especial? Um debate, uma sabatina perante seus pares? Alcançar legitimidade pelo voto?
Ô!
A primeira exigência é ter um perfil de adequabilidade esquemática suportável, com infiltrações nos humores institucionais, e ou razoável aparelhamento de suas instâncias decisórias.
A segunda exigência é dominar os mecanismos básicos e supletivos de apadrinhamento em esferas circunscritas e interligadas do poder, com estreita vinculação à corrente doutrinária do mateus-primeiro-os-teusismo.
A terceira é chegar aos leões secundando quem sopra no ouvido do porteiro.
(Para que depois não se alegue que faltou provocação, encaminhamos à Procuradora-Geral o seguinte requerimento.)
Um comentário:
MARCELO ELIAS MATOS E OKA:
Não tenho dúvidas em afirmar que o fim do ingresso de "magistrados" nos Tribunais pelo quinto constitucional possui a simpatia da maioria dos juízes e promotores de nosso Estado.
Os magistrados alegam que exercem suas funções durantes anos no interior, com viagens semanais, longe de suas famílias e filhos, e sentem-se preteridos por "outrem" - de instituição diversa e sem a experiência do ato de julgar adquirida ao longo dos anos - que são alçados a Corte Superior.
Existem comentários de que os candidatos ao quinto suportam o rótulo de "não morrer de amores pelo Ministério Público", além de almejarem o ingresso num poder que tanto criticam. E complementam: "Quem quiser ser juiz, que faça concurso!"
Por outro vértice, a vaga ainda existe e deve ser preenchida. Os Conselheiros foram eleitos pela maioria dos Promotores de Justiça, portanto possuem legitimidade para eleger a lista sêxtupla.
Ah, quanto aos requisitos para investidura, basta o exercício da função ministerial há mais de dez anos (não carece de conduta idônea ou reputação ilibada - já presumidas em face do primeiro pressuposto).
Que vença o mais apto! Ou aquele que "chegar aos leões secundando quem sopra no ouvido do porteiro".
Marcelo Oka
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