Vou invadir tua vida
com a alegria te torturar de prazer
Arrancar teus mais quentes risos
Encher-te de calafrios nunca iguais
adulando teus longos gemidos, teus ais
Vou eriçar todo o teu pelo
com fartos beijos em mil lugares
Cheirar tua nuca assim desprotegida
Enfiar-te trezentos segredos no ouvido
atendendo aos teus gritos loucos, sem sentido
Vou destilar o teu corpo
com o suor das secretas fantasias
Beber teus odores ainda incompletos
Iniciar-te decidido nesse santo cortejo
abeirando o vivo portal do amor, teu desejo
Vou assumir tua boca inteira
com a língua sem palavra alguma
Assuntar teu querer em toda carícia despertada
Mordiscar-te os lábios, o colo, os seios
perdendo as mãos e o juízo em teus fartos devaneios
Na hora, vou penetrar teu recato
com o meu querer inteiriçado, altivo
Excitar, morder, grunhir, gritar
Reger-te a um só tempo o corpo e o coração
condenando a nossas vidas tão divina servidão.
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[Homenagem d'O Parquet aos que se entregam à plenitude na comunhão de corpos e almas]
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