segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cliente

Churrascaria, Zanony. Zanony, churrascaria. Zanony, polícia. Polícia, Zanony. Feitas as apresentações, o resultado virou notícia. Na noite deste sábado (21/08), em São Luís, Zanony Passos Silva Filho foi conduzido para o plantão central da Polícia, onde chegou com sinais e sintomas de espancamento e, depois de reconhecido como promotor de justiça, encaminhado ao hospital UDI. O que teria praticado o cliente (ninguém sabia que era promotor) na churrascaria, para suscitar uma intervenção policial? A ação policial obedeceu normas e regulamentos para a abordagem de um cliente (ninguém sabia que era promotor)? Hora de pratos fatos limpos, pela Procuradoria e pela Segurança.

3 comentários:

Carla Tatiana disse...

Pois é...
A primeira pergunta eu não vou nem arriscar dizer nada, por que não sei da versão do colega.
A segunda pergunta, respondo dizendo: muito dificil que um policial civil ou militar nunca tenha ouvido falar do nome do Promotor de Justiça Zanony. Qual policial nunca ouviu falar do Caso Jean Charles? O Promotor de Justiça em questão foi quem ajuizou algumas ações penais em Coroatá, que inclusive resultaram em condenações criminais por crime de tortura praticado por policiais civis e militares, condenações estas que se constituem em raríssima exceção aqui no Maranhão. Eu, na época, estagiava da SMDH (Sociedade Maranhense de Direitos Humanos)e lembro bem que lá nós tratávamos os processos criminais envolvendo os policiais de Coroatá como Casos Exemplares e até acompanhamos de perto o desfecho da condenação criminal do Delegado Jean Charles da Silva e outros policiais civis e militares.
A violência policial sempre foi a marca do sistema de segurança pública do Maranhão, é a "tecnologia do medo" que desta vez fez vítima um Promotor de Justiça. Triste caso. Ainda mais triste é a repetição das práticas todos os dias, na extensão dos municípios do Maranhão, contra os mais diversps cidadãos maranhenses, sem investigação, sem elucidação, sem sanção penal, enfim, sem resposta e pela confirmação da impunidade... Seria importante que o desfecho dessa nódoa social que é barbárie da tortura praticada por agentes que compõem o Sistema de Segurança Pública fosse sempre outro.

Carla Tatiana

Nilton Cezar disse...

Dr., muito bom dia. Feita essa leitura prévia, só tenho a lamentar. E digo por qual motivo: essa função de sair espancando o cidadão é exclusivamente da polícia de São Paulo. Porém, Dr., aqui eles não costumam espancar membros do MP. Ah, ai me esquecendo: há uma única exceção – esse membro do MP não pode ser negro. Se for, no mínimo, já é alvo predileto.

carlos cezar Coroatá disse...

Procedimento utilizados de alguns Pms do Brasil "todo mudo é culpado até provar o contrário" espancar, torturar são verbos comuns no cotidiano de bandidos usando a farda da PM, um absurdo o que alguns policias vem praticando,será que estão pensando que estamos ainda na ditadura brasileira,no Afeganistão ou Irã? os diretos humanos são ignorados. Exoneração neste caso é pouco,cadeia neles.


carloscezargb@hotmail.com