segunda-feira, 7 de setembro de 2009

TQQísmo

Talvez seita. Há dogmas e fiéis seguidores. Defendem radical redução da jornada de trabalho. Nada além de 3ª, 4ª e, no máximo, parte da manhã de 5ª. Mais, nem sob ameaça de inquisição dos conselhos (CNMP, CNJ, CNBB).

Os TQQístas estão dispostos ao martírio. Tanta coragem tem sensibilizado corregedores a facilitarem a prática desse credo.

Numa semana em que a independência caiu na 2ª e dia 8 é feriado na capital, é possível que não compareçam em suas comarcas, afinal, as corregedorias só abrirão suas portas na 4ª e, como se sabe, são proibidas de utilizar o telefone para checar quem está no batente.

O TQQísmo é uma religião sem riscos. Quem a pratica pode ser abonado por um "atestado médico", pela "situação difícil" de um parente próximo, ou por inusitadas e repetitivas licenças. Vale quase tudo. O importante é manter a profissão de fé. Amém.

2 comentários:

Rodrigo Bastos Raposo. disse...


Pois é Juarez!

Sabe o que falta?
Sentimento de missão.
O nosso trabalho é mais do que o jeito que encontramos para pagar as despesas.

Ele é uma das coisas que nos definem.

A forma como um gari varre, o modo como o médico consulta, o jeito do professor ensinar ou do pedreiro edificar.

No empenho do homem vê-se como ele se relaciona com o mundo e isso diz quem ele é.

o editor do blog disse...


Um(a) colega que preferiu não se identificar enviou-nos o seguinte comentário:

O CNMP deveria fiscaliar os atestados médicos. Tem promotora da região dos cocais que todo mês tira licença médica! A Corregedoria sabe de quem estou falando!