terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

As tripas

(Foto: sítio do TJMA)
A crítica aos outros é, quase sempre, aceitável; às vezes, aplaudida. A autocrítica é amaldiçoada. A boca que a proferir deve conhecer a estigmatização, o ranger de dentes. De hoje, não; assim, desde antanho. Para nossas instituições, falar das outras é ousadia, falar da sua é covardia. Muitas até suportam a autocrítica, desde que seja na forma de fuxico, ti-ti-ti, diz-que-me-disse, sem rosto, sem autoria, sem personalidade.

José Luiz Oliveira de Almeida tomou posse no cargo de desembargador do TJMA (22/02). Como qualquer vivente, tem afetos e desafetos. Uns e outros por conta do exercício que faz da autocrítica. Não presumo, tenho certeza que não é perfeito, e que sabe disso. Mas tem sido um profissional exemplar. Que seus olhos e ouvidos, no Tribunal, auscultem além do seu gabinete, para, se for o caso, revelar à sociedade as tripas. Boa sorte! 

3 comentários:

Márcia Rodrigues disse...


Como disse Sun Tzu:"a vitória pode ser criada (com estudo e trabalho) e nem sequer o homem mais sábio poderá conspirar contra você".

Declaro também aqui, meu desejo de boa sorte ao Des. José Luiz Oliveira de Almeida.

Abraços.

marciarodrigues@live.com

Celso Coutinho, filho disse...

O hoje Desembargador José Luiz Oliveira de Almeida foi meu professor, no curso de Direito da UFMA, quando lecionou a disciplina Direito Processual Penal. Isso já se faz alguns anos, bastantes a depender de como se conta o tempo. Para mim, as suas lições continuam tão vivas, que me parece ontem. Embora tenha abandonado a cátedra formal, dedicando-se com exclusividade e nobreza à magistratura, até hoje o trato como Professor José Luiz. Nossa turma travou com o seu mestre uma relação de afeto, tendo sido o escolhido unanimemente para proferir a aula da saudade, no azo de nossa formatura. E que saudades de suas palavras, que, sem perder a serenidade jamais, sempre estimularam a defesa intransigente dos valores da honra e da honestidade, maior legado de um mestre. O Desembargo do Maranhão ganhou um homem predestinado à luta em prol da moralidade. Boa sorte, professor.

Celso Coutinho, filho.

Chagas Freitas disse...

As vezes fico confuso, será que esse homem existe mesmo? Leio os comentários e gostei do conteúdo das TRIPAS, realmente qualquer mortal tem lá seus desafetos, isso é normal, Jesus Cristo que veio para salvar o mundo, imagine nós.
Parabens!