sábado, 22 de agosto de 2009

Deixapralás

Realidade. Perscrutá-la, compará-la e dedicar-se à sua mudança ou conformar-se. O meio ambiente é dessas realidades que caetanamente “entram pelos sete buracos da cabeça” de todo mundo. Da calçada ao quintal, das minhocas aos urubus. Nossa conquista e cadafalso.

Por certo a ação despretensiosa de um único vivente não é suficiente para entornar o balde do mundo. O problema reside na soma dessas ações de bilhões de únicos viventes. Estraga, destrói, contamina, extingue. E pagamos pra ver.

O discurso do meio ambiente é só meio discurso. Se pouco mudamos em nossas atitudes pessoais, familiares e sociais, menos ainda nos animamos a “incomodar” os outros. Para isso, temos sementeiras e plantios de frondosos deixapralás.

Nem basta boa vontade. Instrumentos sociais são indispensáveis, dentro ou fora das veias estatais. Os sistemas municipais de meio ambiente são um desses. Porém, falta muito para que sejam implantados, confiáveis e eficazes. É o que mostra pesquisa coordenada pelo centro de apoio operacional do meio ambiente do ministério público do Maranhão, à frente o colega Fernando Cabral Barreto Júnior (um dos que, por conhecimento e práxis, dão visibilidade ao meio ambiente além do meio discurso).

A mudança de realidade não se implanta pelo verbo descarnado ou pelo látego, exige compromissos e atores múltiplos, milagres nem sempre operados, também, pela inversão de valores que as rezingas municipais cultuam com denodo.

Sem deixar pra lá, examine o relatório da pesquisa. Visite a página do centro operacional (Cao-uma).

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