segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pega?

Gripe e conjuntivite são fáceis de “pegar”. Moda, também. Boas práticas, nem sempre. O jeito é tentar, insistir, inovar. De certas responsabilidades o administrador arca o ônus sozinho. De outras, não. Auscultar exige respeito e maturidade.

Nos palanques de quaisquer campanhas, muitos bradam “vamos ouvir o povo”. É fácil. Depois, alargam-se as costas.

De Porto Alegre vem novidade. Tomara que “pegue”. Tudo indica que a primeira consulta pública para definir o uso de uma área urbana foi realizada neste domingo (23/08), na capital gaúcha.

O voto não era obrigatório. 22.519 eleitores foram às urnas para responder: "Além da atividade comercial já autorizada pela Lei Complementar nº 470, de 02/01/2002, devem também ser permitidas edificações destinadas à atividade residencial na área da Orla do Guaíba onde se localiza o antigo Estaleiro Só?". 18.135 votaram “não”; 4.339 “sim”; 23 em branco e 22 nulo.

Resultado: a maioria dos porto-alegrenses decidiu hoje não permitir o uso e a construção de edificações destinadas à atividade residencial na região do Estaleiro Só, na orla do Rio Guaíba. A atual legislação permite apenas edificações destinadas ao comércio na região.

Para entender o caso: O Estaleiro Só encerrou suas atividades em 1995 e a área foi arrematada por empreendedores após vários leilões. Em 2002, foi aprovada a Lei Complementar 470, que permitiu a construção de empreendimentos comerciais no local. A ideia de incluir unidades residenciais surgiu em 2007, mas as autoridades decidiram que a mudança deveria ser aprovada por meio da consulta pública. Fonte: Agência Estado

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