Sim. Está na lei. Não disse o contrário. Mas a lei não é começo nem fim de tudo. Existe o aquém, o além, e, até, quase sempre, o a quem.
Talvez, o Ministério Público, em maio próximo, venha a exercitar mais um episódio fratricida, usando o falso argumento da lei para incrementar essa trama autodestruidora.
Enquanto o processo eleitoral é, ou pode ser, salutar e oxigenador, (pelo menos, em tese, deveria sê-lo), ficar a escolha do chefe do Ministério Público, entre os indicados na lista tríplice, na dependência de quem mais dispense mimos, tenha “torcedores”, contate pressagiadores, insinue amizade, demonstre confiabilidade, ou se apegue a qualquer urucaca, para cair nas graças de quem esteja ocupando o Palácio, equivale a trocar o ósculo pelo bofetão, na face da maioria dos eleitores.
O colega Raimundo Nonato, em 2002, e a colega Fátima Travassos, em 2008, não foram os mais votados, mas foram “palacianizados”.
Só não percebe quem não quer: isso aprofunda fissuras de difícil reparação em nosso edifício institucional. Qual o lucro?
O cômico ou trágico é que, para ser diferente, nem precisa mudar a lei, basta mudar os modos.
Próxima!
2 comentários:
É. As dificuldades e as diferenças de métodos e mentalidades são obstáculos.
A construção de um Ministério Público independente e comprometido com o Estado e não com governos precisa de críticas desse tipo.
Juarez, também andei olhando e me agradando das referências ao Chico, à Zizi e ao vendedor de balões.
Abraço,
Rodrigo Otávio Bastos Silva Raposo.
Caro amigo Juarez,
Lembro-me da eleição passada, compromissos assumidos e logo após rompidos. Tomei uma decisão, só irei votar em quem assumir publicamente o compromisso de só assumir o cargo de procurador-geral de Justiça se for o mais votado pela classe.
Não sei se uma andorinha só fará verão, entretanto farei a minha parte para ver se ainda nesta encarnação vejo um Ministério Público realmente independente.
Reinaldo Campos Castro Júnior
Postar um comentário