domingo, 8 de julho de 2007

A senha. O desrespeito. O bobo

Senha e fila. Tem pra tudo, aqui em Florianópolis, onde estou há alguns dias: açougue, farmácia, padaria, cartório. É obediência à ordem de chegada. Ninguém passa à sua frente, − salvo idosos, gestantes e especiais −, você não ultrapassa ninguém.


Respeito é a palavra chave. O Conselho Superior do Ministério Público ao apreciar os pedidos de movimentação pelo critério de merecimento deve primar pelo respeito. Critérios objetivos e decisão fundamentada são exigência legal, mas não valem nada se não se materializam nos votos dos conselheiros.

Insisto. Persisto. Não desisto. Critico. Denuncio. Reclamo. Cobro. Reivindico. Exijo mais uma vez. O Conselheiro não está livre para votar no candidato de sua simpatia ou do interesse do seu grupo político. Quando falta respeito à Lei, o Conselho transforma Promotor inscrito por merecimento em bobo.

Algumas remoções e promoções estão em andamento. Seria ótima oportunidade para o Conselho criar identidade com a Constituição. Precisamos de respeito. Ou não?


5 comentários:

Anônimo disse...

É isso ai Juarez; água mole em pedra dura tanto bate até que fura! Tá certo que a pedra é bem dura, e bota dura nisso!! Mas as eleições se aproximam. Quem sabe com o voto consciente dos colegas a pedra não amoleça!! É preciso insistir sim nessas questões de respeito e legalidade, ou para quem preferir, de ética, de valores, de moral, de princípios! No mais, a comparação entre um Estado federado mais rico com o nosso, mais pobre, pode ser dolorosa, uma vez que sentimos vergonha com as diferenças nesse sentido. Todavia, em lugar algum está dito que pobreza econômica tenha necessariamente que significar pobreza moral e justificativa para falta de respeito! Não é porque somos o Estado mais pobre da Federação que somos obrigados a aceitar o desrespeito, o vilipêndio da ética e da moral, a mutação de valores e princípios, e a própria negação da Justiça, do interesse público e do ordenamento constitucional e democrático. É bom lembrar que todos nós, Promotores e Promotoras de Justiça, Procuradores e Procuradoras de Justiça, prometemos defender essas coisas, em eventos solenes e pomposos, quando de nossas posses nos cargos! Será que era só da boca pra fora? Ou será que não existe mais, dentro de nós, o tilintar da consciência, hoje corrompida? Ou será que moral é apenas discurso guardado para as missas, cultos e reuniões de domingo? (ou para as ações civis públicas contra prefeitos?).
Ass: João Marcelo.

Anônimo disse...

Na questão de promoção por merecimento, tenho uma dúvida. Se não houver ninguém do quinto inscrito, todos devem concorrer na mesma condição? Se assim for, um Promotor que já tem mais de dois anos na entrância concorre me igualdade de condições com outro colega que, por exemplo, não tem nem seis meses na entrância.Entendo ser uma injustiça.

Anônimo disse...

Também já vi colegas fazendo papel de bobos se inscrevendo em promoções por merecimento na vã expectativa de uma escolha séria e justa pelo CSMP, enganados até o último minuto por uma votação de cartas bem marcadas e muita encenação.

Anônimo disse...

Veja o que ocorreu na Promoção por merecimento para Carutapera, na segunda-feira dia 09/07/2007. Verdadeira pouca-vergonha dos conselheiros.

Anônimo disse...

Concordo com o comentário anterior, sobre o que aconteceu na segunda-feira, em relação à promoção por merecimento. O Conselho está nivelando por baixo, todos os promotores, pois vota da mesma maneira uma "grande" e excelente promotor e com outros que não chegam nem perto daquele, em matéria de trabalho, ou seja, o merecimento é a única coisa que não está sendo levada em consideração nestas votações.