“São três filhas, de onze, oito e seis. O pai, desses que forceja muito na roça, mas mete uma cana amuada. Parece que é desgosto. A mãe passa é de semana fora. Chegou, ontem, dum festejo, cinco dias, no Brejão. E estava com outra mulher, uma loura que morava ali na Chapada e se mudou; foi atrás. As filhas ficam jogadas. A avó sente pena, mas cuida de muitas crias. Já falei sobre a bebida, as filhas, a vivência. Nem adianta, é paixão que não entendo. Imagine que deixava o homem na cama e ia dormir com a loura. Ele só lamenta: “como é que pode, Zequinha, eu pego chifre é de mulher!” Já se separaram duas vezes; ela chorava, ele voltava. Faz dó as filhas; por conta. É fácil, doutor, pariu, botou no mundo; criar é diferente. Essas meninas precisam de mãe. O senhor pode chamar ela, pra dar uns conselhos?”
Um comentário:
Pura modernidade...
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