Hão de inventar. Com certeza. Aparelho ou sistema que permita ao usuário deliciar-se sem ofender sossego alheio. Repelente de multas, dissabores, rififis e placas de advertência. Em qualquer lugar. Afinal, se gosto não se discute, também não se deve querer impô-lo.
Qualquer som dispensável, opcional, ficaria restrito a quem tivesse interesse, possibilitando aos circunstantes conversarem, falarem ao telefone ou, simplesmente, pensarem, desobrigados de ouvir o conteúdo e ou a forma do que não lhes aprouvesse.
Seu nome seria algo como fone de ouvido (earphone, headphone), que se ajustaria ao pavilhão auricular, para uso egoístico.
Quem fosse a lanchonetes, restaurantes, bares, festas, festejos, serestas, micaretas, quermesses, largos, exposições, centros comerciais, ou mesmo a um aniversário no condomínio, seria indagado: “O senhor deseja som?”. Então, receberia o dispositivo individual e o ajustaria às suas preferências musicais, enquanto a vizinhança se esbaldaria em tranquilidade.
Imagine poder oferecer, simultaneamente, Xuxa, Zeca Pagodinho, Vanderley Andrade, Ivete Sangalo, Chitãozinho e Xororó, Calcinha Preta, Kalypso, Roberto Carlos, Pato Fu, Adriana Calcanhoto, Skank, Beyoncé, Lady Gaga, Michael Jackson, Jonas Brothers, Frank Aguiar. Um menu para agradar todos os convidados, de acordo com o interesse de cada um: opções de música e volume, e um admirável silêncio em derredor.
Opa! E, se o aparelho já existe, que se promovam seus incrementos à tecnologia sem fio; que se lance a moda ou se faça a lei ou se aplauda o costume. Não se pode é tolerar que sejamos vítimas ou façamos vítimas por conta do que alguns querem, mas muitos não desejam, ouvir.
Algo precisa ser feito, antes que matem um.
(No final de agosto do ano passado, estivemos na represa do rio Parnaíba, em Nova Iorque. Bela paisagem, águas tépidas, brisa envolvente. Momento relaxante. Até que - enquanto aguardávamos a saborosa galinha caipira -, um cidadão tomou conta do som e impôs seu deleite musical: só uma tal “oração do corno” tocou meia-duzia de vezes.)
(Nossas escusas. Uma viagem durante a semana dificultou a atualização regular do blog. Estamos de volta.)
Qualquer som dispensável, opcional, ficaria restrito a quem tivesse interesse, possibilitando aos circunstantes conversarem, falarem ao telefone ou, simplesmente, pensarem, desobrigados de ouvir o conteúdo e ou a forma do que não lhes aprouvesse.
Seu nome seria algo como fone de ouvido (earphone, headphone), que se ajustaria ao pavilhão auricular, para uso egoístico.
Quem fosse a lanchonetes, restaurantes, bares, festas, festejos, serestas, micaretas, quermesses, largos, exposições, centros comerciais, ou mesmo a um aniversário no condomínio, seria indagado: “O senhor deseja som?”. Então, receberia o dispositivo individual e o ajustaria às suas preferências musicais, enquanto a vizinhança se esbaldaria em tranquilidade.
Imagine poder oferecer, simultaneamente, Xuxa, Zeca Pagodinho, Vanderley Andrade, Ivete Sangalo, Chitãozinho e Xororó, Calcinha Preta, Kalypso, Roberto Carlos, Pato Fu, Adriana Calcanhoto, Skank, Beyoncé, Lady Gaga, Michael Jackson, Jonas Brothers, Frank Aguiar. Um menu para agradar todos os convidados, de acordo com o interesse de cada um: opções de música e volume, e um admirável silêncio em derredor.
Opa! E, se o aparelho já existe, que se promovam seus incrementos à tecnologia sem fio; que se lance a moda ou se faça a lei ou se aplauda o costume. Não se pode é tolerar que sejamos vítimas ou façamos vítimas por conta do que alguns querem, mas muitos não desejam, ouvir.
Algo precisa ser feito, antes que matem um.
(No final de agosto do ano passado, estivemos na represa do rio Parnaíba, em Nova Iorque. Bela paisagem, águas tépidas, brisa envolvente. Momento relaxante. Até que - enquanto aguardávamos a saborosa galinha caipira -, um cidadão tomou conta do som e impôs seu deleite musical: só uma tal “oração do corno” tocou meia-duzia de vezes.)
(Nossas escusas. Uma viagem durante a semana dificultou a atualização regular do blog. Estamos de volta.)
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