terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quanto menos, melhor!


Muitos o têm por amigo. Do peito. Da alma. Da boca. Do sangue. Da alegria. Pode-se desconfiar de tão propalada amizade. Endeusada. Dissimulada. Forçada. Principalmente, comercializada.

E muita gente boa nem se apercebe do amigo-inimigo que instala, festivamente, no seio de sua família, no centro ou nos arredores de sua vida.

Deixemos estatísticas. Números, nesse caso, não convencem. (E não pretendemos convencer.) Porém, sabe-se quanto de infortúnio e desamor, doença e morte, essa amizade tem colhido no tabuleiro das nações, no trato das múltiplas sociedades, ou no corpo dos lares de mármore ou de sapé.

Não proclamamos o apocalipse. Mas, chama a atenção a falta de algumas regras. Pouco se respeitam espaço, forma, circunstância ou quantidade. Quase se pode beber tudo, a toda hora, em todo lugar. Limitações, gerais ou específicas, são mal-vindas, mal-recebidas; combatidas com histérico vigor. Às vezes, porque essa amizade virou paixão, ou doença. (Nada de estatísticas, lembra?).

Passamos nós, e percebo certa covardia para o combate. Preferimos calar; o cômodo consentir.

“Houve uma banalização do uso do álcool, não há um controle nem da parte de quem produz e comercializa, como da parte de quem consome”, adverte o médico psiquiatra Ruy Palhano.

Em que pese a caudalosa corrente que induz ($) milhões a pensarem o contrário, proclamamos um "quanto menos álcool, melhor!"

Pode apostar ou, com perdão do clichê, a próxima vítima (direta ou indireta) pode ser você. Quer?

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