quarta-feira, 5 de maio de 2010

Quem tem medo?


Faz alguns dias (26/04), a Associação dos Magistrados divulgou matéria com o seguinte título: “AMMA coíbe pressão sobre juízes para liberação de servidores.

Diz que: “A Associação dos Magistrados (AMMA) está se colocando à disposição de todos os juízes associados para auxiliá-los no que for necessário no sentido de coibir qualquer tipo de pressão que, eventualmente, venham a sofrer diante dos pedidos de liberação de funcionários aprovados no último concurso para exercerem cargos em comissão em outras unidades, inclusive fora do Poder Judiciário."

[…]

"Por fim, a AMMA ressalta que não tem a pretensão de interferir na decisão do magistrado sobre a questão, considerando que a matéria é de competência privativa do titular da unidade judiciária, mas tão-somente alertar para os prejuízos futuros e se colocar à inteira disposição para auxiliá-los no que for necessário, em especial, para coibir qualquer pressão que eventualmente venha a impactar a sua autonomia para decidir acerca de pedidos dessa natureza.”

E, então?

Por causa da lotação de servidores, juízes estão sofrendo pressão de colegas, de desembargadores, de políticos, de contraventores? Caso não cedam às pressões (pedidos), estarão sujeitos a correições, preterições, difamações, mau-olhado, "despacho"?

É possível que pressões (pedidos) já tenham ocorrido, ocorram ou venham a ocorrer, também, em relação a processos judiciais. Todos resistiram, resistem, resistirão?

Algum magistrado já denunciou (revelou) ou denunciará (revelará) de quem recebeu pressões (pedidos), ou é matéria interna corporis; a sociedade não precisa saber de nada disso?

Quando houve ou há pressão (pedido insistente), por funcionário ou por processo, tudo, depois, não passa de um mal entendio?

Desde quando lobo mau não existe?
.

Nenhum comentário: