Pode ser a medida da sensualidade. Por alguns segundos, revela outra Sigourney Weaver, naquelas cenas finais do tenebroso Alien, de 1979. A própria silabação açula hormônios, provoca mãos. É visita cativa do imaginário. Mas, em nossas audiências, a calcinha revela a medida do desprezo, do desamor. Quando a convivência se esgota e o desgosto tempera todos os verbos, um olhar em retrospectiva varre todos os cantos do acasalamento, para tentar encontrar gestos que possam justificar os sacrifícios de manter a união “para terminar de criar os filhos”. Tardiamente, nada encontra, nada vê, que impeça um ajuste de contas, pelos sentimentos golpeados com a indiferença. Aí, a frase se impõe como apoteose das escaramuças verbais, fortalecida pela ruptura inexorável: “São dezesseis anos, não são dezesseis dias, e esse homem, doutor, nunca me deu ao menos uma calcinha”. Cruel! Ele, pelo silêncio, acusa o golpe. Ela, a vastidão que tudo esperava, não recebeu nem isso.
Um comentário:
Só apreciando, por sinal que fui conferir a Sigourney Weaver no youtube...
http://www.youtube.com/watch?v=Li07ieKouzg&feature=related
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