domingo, 4 de abril de 2010

Às mãos do Oleiro

O espírito que habita nosso barro é soprado por várias bocas. Primeiro as familiares; depois as da escola e da rua. No começo, não éramos o que seríamos. Frequentamos as apostas alheias sobre sucesso e felicidade e, muitas vezes, quebramos a banca. Ainda bem. Olhar para trás e conferir as mãos, os braços estendidos, os empurrões, os sopros na alma, não é só uma questão de gratidão e justiça, é também revolver o novelo da vida, desnudando sua ciência. Nilde Sandes, Helena Heluy, Tereza Pflueger, Michol Pinho, entre outras, na metade dos anos 70, foram jovens mulheres que gastaram do seu tempo e emprestaram do seu futuro, para que outros, mais jovens, se juntassem às mãos do Oleiro, nas descobertas de si mesmos e da necessária fraternidade. Eram os tempos animados em que se frequentava o TLC. Nilde, procuradora de justiça, agora, se aposenta. Por todo esse tempo, como disse, guardou a fé e o bom combate. O quanto basta.

Nenhum comentário: