domingo, 5 de abril de 2009

Farinha

Não se cheiram, o Sindicato dos Servidores (SINDSEMP) e a Procuradoria-Geral. Pior, não se falam. Mesmo que não acordassem, deveriam.


Com a farinha pouca, também há sempre que se contemplar o pirão alheio: evita a inanição e o furor. Sacrifício unilateral é condenação. Ninguém quer, ainda mais quando os primos do Tribunal estão de boca cheia.


As fatias do bolo são desiguais. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), seis pra lá, dois pra cá. E o servidor, a cada mês, se irrita com o contracheque encolhendo.


Para reclamar desse desequilíbrio, já foram conjugados todos os verbos, entre chulos e comedidos, tanto que, ninguém, ainda, emprestou entusiasmo à viabilidade da proposta recém apresentada (02/04) pelo senador Lobão Filho, de elevar o percentual para 4% (PLS 128/09). Será?


O Sindicato se mantém alerta. Organiza um protesto contra a “omissão legislativa da PGJ-MA”, dia 07/04, às 11 h, e divulga “nota pública”, criticando a atitude da Procuradora no episódio Euromar.


Leia o protesto, leia a nota.

2 comentários:

Aloisiomar disse...

Caro Juarez e demais blogueiros,

No caso da Procuradora-Geral Fátima Travassos não vale nem a máxima do "farinha pouca meu pirão primeiro". Pois segundo se sabe a vez dos servidores nunca chega.
Fátima vende uma decisão judicial que elevou em 11,98% o salário dos servidores como se fosse dela e um mísero auxílio-alimentação como os grandes feitos em prol de seus servidores.
Quanto à questão da "fatia do bolo" ser desigual também não concordo. Afinal, um outdoor assinado pelo mesmo Sindsemp lançou uma pergunta que ficou semanas exposta pelas ruas sem que ninguém respondesse. Ou seja, já que o percentual do MP é um terço do percentual do TJ, porque os membros do MP ganham o mesmo dos togados do TJ???
Sem falar que a estrutura do TJ é muito maior e a complexidade de suas ações também. O TJ tem quase 10.000 servidores, o MP não tem nem 1.000.
O que falta mesmo é vergonha na cara e vontade de tornar digno o salário do servidor do MP, que é praticamente a metade do TJ e quase um terço do TCE.

Marcelo disse...

É lamentável que o MP, logo o MP, tenha em sua Procuradora Geral uma pessoa irredutível e absolutamente fechada para o diálogo. Meus amigos do TJ e TCE ganham bem melhor do que eu e sempre têm suas revindicações, senão atendidas, pelo menos analisadas pelas instituições dos quais fazem parte.
No nosso caso, ao invés de abrir o diálogo, a Procuradora nos mandou estudar para passar em um concurso melhor (!)... melhor do que o da própria instituição que preside?
É como se vê nesse blog quanto à sede do MP no calhau: espeto de pau...