“De um juiz maranhense, em mensagem pessoal ao jornalista: Recebi o auxílio moradia, R$ 39,5 mil. Algo que nem esperava ou imaginava que fizesse jus. Ainda não gastei, tenho até um certo remorso. Esse lance de “suplementação” ao TJ (com recursos da reserva financeira do Estado, distribuída nos estertores do governo Jackson) foi uma insensatez. Algo fora de época e de propósito. Se fosse às claras, no orçamento anual, não haveria nenhum constrangimento. Mas assim, às escondidas, ficou feio... Pareceu um furto.”
O texto acima está no blogue do jornalista Walter Rodrigues. Postagem “surpresa na conta”, de 26/04/09, 17:35.
A propósito do tema, "o parquet" lança a seguinte enquete, que pode ser respondida na coluna à direita.
Sobre o pagamento de auxílio moradia a promotores, procuradores, juízes e desembargadores, ― poucas horas antes de encerrar o governo, e com adiantamento de parcelas:
- coisa sem importância
- obscuro acordo de elites
- até pareceu furto
- correção de uma injustiça
- ninguém tem nada com isso
3 comentários:
Leviandade e distinção...
Não se pode tratar situações distintas, sem a necessária distinção, quando cabível...
uma coisa é acordo homologado judicialmente e decorrente de sentença judicial transitada em julgado, outra coisa é qualquer coisa que se queira denominar...
aliás...
nem sempre andam juntas prescrição com distinção...
por exemplo...
prescrição se serve como sinonímia de impunidade...prescrevendo a prescrição como adágio aos apaniguados na chancela de espólios governamentais...que não necessariamente, mas distintamente não provenientes do orçamento estadual...mas municipal...
prescrição não se serve muitas vezes à limpeza necessária...do que se devia coletar no louvado coliseu da justiça...ops...coliseu...da Justiça?
....hum....a história prescreve cousa distinta coliseu remete a idéia de força e violência...prazer de beligerância...ou a idéia ludovica de limpeza pública...ops...limpeza pública...ética...
essa sim prescreveu com a impunidade...que o diga o editor deste blog...
estará faltando importância, acordo escuso, ou vergonha...como já advertiu Barbosa...não há condição moral para se moralizar o outro.
Boa noite,
Não há nada mais certo e incômodo do que a frase - Nem tudo que é legal é moral.
Com certeza isso passou pela cabeça do magistrado que viu sua conta avolumar-se no apagar das luzes por ato de um governo cassado por crime eleitoral. Tenho certeza que muitos outros membros e magistrados pensaram o mesmo.
"ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE E DECORRENTE DE SENTENÇA JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO" pode até ser uma coisa bonita, legal. Mas "esse acordo" é sórdido e imoral. Por isso, repito, para desespero de alguns: NEM TUDO QUE É LEGAL É MORAL. E esse é um caso explícito de IMORALIDADE.
Essa é minha opinião e a expresso na qualidade de um cidadão comum, sem qualquer vínculo com membros e magistrados.
Sou Promotor de Justiça em Pastos Bons e, durante as férias, assustei-me com o pagamento dos auxílios-moradia.
Diante disso, inúmeras perguntas reboaram em minha mente: 1) será que a Procuradoria do Estado vem atuando, realmente, na defesa da entidade federativa, ou lhe faltaria mínima autonomia para tanto? 2) por que, REITERADAMENTE, tëm surgido esses "acordos judicialmente homologados", em detrimento de um sem-número de pessoas que se angustiam nas filas dos precatórios?
VAMOS DISCUTIR MAIS ISSO; AFINAL, FALA-SE DE MAIS 50 PARCELAS A SEREM PAGAS. EM TODOS OS CASOS, VAMOS, DE NOVO, RASGAR A CONSTITUIÇÁO FEDERAL? ENFIM, ALGUÉM JÁ OUVIU FALAR DE REGIME DE PRECATÓRIOS? NO MARANHÁO, AO QUE PARECE, NÁO.
Francisco Fernando de Morais Meneses Filho.
Promotor de Justiça em Pastos Bons-MA (tel: 099-3555-1106 - OBS:atualmente, de férias).
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